PPA em dólar é a melhor opção para alcançar as metas de sustentabilidade da sua empresa?
Previsibilidade de custos, segurança no abastecimento, maior acesso a linhas de financiamento, eficiência e economia com energia são algumas das vantagens de fazer um contrato de longo prazo para aquisição de energia (Power Purchase Agreement, ou PPA).
Junto a isso, adicione a aquisição de eletricidade de fontes renováveis – um pilar importante para descarbonizar as operações e colaborar com a estratégia net zero das empresas – e a possibilidade de firmar esses contratos em dólar, mesmo no Brasil.
Esse modelo de acordo está ganhando tração no país, que passou por recentes mudanças regulatórias e tem um cenário cada vez mais favorável à contratação direta de energia.
Ricardo Mendes, Diretor de Originação da Atlas Renewable Energy no Brasil, explica que os contratos de longo prazo para compra de energia renovável servem para todos os tipos de empresas. Funcionam como uma proteção à volatilidade do mercado de energia, que no Brasil é altamente dependente do regime de chuvas.
“Para sair dessa volatilidade e não ficar exposto a preços altos, os consumidores buscam se resguardar com contratos de longo prazo, os PPAs. Isso garante uma previsibilidade do custo da empresa”, conta o diretor da Atlas.
Além disso, a possibilidade de firmar esses acordos em dólar tem atraído empresas exportadoras e indústrias cujos custos estão atrelados às commodities.
Em 2022 a Atlas formou uma joint venture com a Hydro Rein e Albras (maior produtora de alumínio primário do Brasil) para desenvolver, construir e operar a usina solar Boa Sorte (438 MW) no estado de Minas Gerais – um investimento estimado em US$ 320 milhões.
O PPA em dólar, no modelo de autoprodução, assinado com a Albras prevê o fornecimento anual de 815 GWh de 2025 a 2044 e cobre 12% da energia consumida pela produtora de alumínio no ano.
“É uma proteção tripla. Além de proteger da volatilidade climática, que é uma variável no mercado de energia, as empresas estão se protegendo da volatilidade do câmbio e da inflação brasileira. Elas ficam em uma situação mais confortável, porque se o dólar cai e a receita cai, elas também têm uma redução no custo de energia”, destaca Mendes.
Confiança é uma palavra-chave. Com quase 4,5 gigawatts (GW) instalados no Brasil, a Atlas Renewable Energy oferece às empresas excelência na execução de projetos e eficiência na redução de custos nos contratos.
“Os PPAs de longo prazo são uma relação de confiança. Quando falamos de autoprodução, que hoje é o modelo de parceria que mais interessa ao mercado, você aumenta ainda mais essa importância da relação de confiança, da robustez e do conhecimento”, defende.
A seguir, o que você precisa saber sobre os PPAs em dólares:
Contratos Flexíveis
A Atlas trabalha com PPAs ou parcerias customizadas para cada perfil de cliente. Um modelo que faz sucesso entre as empresas brasileiras é o de autoprodução. Nele, os clientes podem ter uma participação acionária nos parques solares da Atlas, garantindo descontos nos encargos de energia – que chegam a ser quase metade do custo da eletricidade.
A estrutura do projeto é definida em comum acordo. A Atlas constrói e financia os parques, geralmente em dólar, e o preço do contrato é discutido entre as partes, assim como as formas de reajuste.
“Há contratos com preços reajustados pela inflação norte-americana; contratos onde se coloca uma curva, começando com o valor mais alto e decaindo ao longo do tempo. Ou seja, o modelo permite uma série de alternativas que podem ser acordadas entre a Atlas e os consumidores”, explica Mendes.
Já a quantidade de energia pode ser acordada mensal ou anualmente, e as sobras podem ser vendidas no mercado.
“Vamos supor, você comprou 100 MW e usou 99. Esse 1MW que sobrou pode ser vendido no mercado ou até de volta para a própria Atlas. O mercado do Brasil tem muita liquidez, então, muitas vezes, você compra energia e consegue revender por um preço maior do que você comprou. Diversos arranjos podem ser feitos”, exemplifica o executivo.
Segurança no Abastecimento
Quando se fala em energia renovável, uma preocupação comum é com a intermitência das fontes. Se não houver sol, continuarei tendo energia?
A resposta é sim. Mendes explica que, para garantir o fornecimento sem interrupções, a Atlas firma acordos comerciais com outros geradores renováveis, como eólica e hidrelétrica, para um intercâmbio das sobras de energia. Isso garante o abastecimento sem custos adicionais para os clientes.
“Vamos falar do caso da energia solar, que só gera durante o dia. A Atlas vai dimensionar uma geração que vai atender, ao longo do tempo, todo aquele consumo. Só que vai sobrar energia durante o dia e vai faltar durante a noite. O que a Atlas faz? Ela entra em acordos comerciais com outros geradores que têm a posição inversa”, conta. “E aí faz-se uma troca, garantindo essa energia 24h por 7”.
Redução de custos e ganhos de eficiência
A autoprodução também tem como vantagem a eficiência. Nem sempre é possível instalar painéis solares em uma fábrica, por exemplo, para atender o seu consumo, porque demandaria grandes áreas.
Além disso, questões como irradiação e a tecnologia dos equipamentos impactam na quantidade de energia gerada.
“Algumas empresas, por exemplo, têm muito telhado. Mas você não consegue colocar os sistemas de geração mais eficientes, com tracker para a placa seguir o sol ao longo do dia. Geralmente, nos telhados, a placa é fixa e tem um rendimento menor”, diz Mendes.
Quando a empresa faz um PPA, ela está adquirindo energia de um parque que foi instalado onde tem a melhor irradiação e equipamentos de última geração que permitem a maior eficiência na geração de eletricidade.
“Você consegue evitar trabalho, evitar obras dentro da sua operação e pode ter essa energia com a maior eficiência e o menor custo possível, ao usar desses parques que vão ter uma escala maior e vão estar com irradiação ótima”, completa.
Preço em dólares
Alguns fatores influenciam a formação do preço em dólares: o custo de uma usina, a competitividade do consumidor frente ao mercado local e a outros consumidores e a estratégia de cada empresa para pagar pela energia.
Mendes explica que, para fazer sentido, é crucial que haja competitividade no longo prazo.
“Um consumidor que produz alumínio no Brasil, está competindo, por exemplo, com produtores de alumínio na Austrália ou no Canadá. E para ser competitivo ele precisa ter custos operacionais num parâmetro de energia tão bom ou melhor do que nesses outros países”.
A outra referência é o preço no Brasil, em reais. Primeiro, é definido um preço básico, e, a partir dele, o valor pode ser fixo – para fugir do risco de inflação – ou pode ser corrigido pela inflação dos EUA, já que o contrato é em dólar, com reajustes anuais.
Captação de financiamento
O marco legal do câmbio (Lei 14.286/2021) inaugurou um novo momento para o financiamento dos projetos, na medida em que trouxe maior segurança jurídica aos PPAs em dólar.
Mendes conta que o marco deu mais segurança para o consumidor, para o gerador que vai fazer o seu investimento, e para os bancos. “A Atlas foi pioneira nesse campo e firmou, inclusive, o primeiro contrato do BNDES em dólar”.
O crédito de US$ 210 milhões (o equivalente a cerca de R$1,1 bilhão) foi concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em janeiro de 2023 para financiar o complexo solar Boa Sorte (438 MW), em Minas Gerais.
Esse tipo de experiência é um exemplo de como a empresa vem costurando acordos para oferecer aos clientes as melhores opções de negócios, inclusive com a possibilidade de captação de financiamento internacional. “Ter um relacionamento com bancos internacionais já estabelecido, que é uma outra fonte importante de recursos, ajuda a ampliar o leque para os clientes”, completa Mendes.
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