Ilustração de engenheiros avaliando aerogeradores

A transição para energia renovável é uma das estratégias adotadas pela indústria na busca por eficiência energética, redução de custos e sustentabilidade. As chamadas fontes limpas não degradam o meio ambiente e oferecem um excelente custo-benefício a médio e longo prazo. Vamos conhecer mais vantagens das fontes de energia renováveis para a indústria?

Panorama atual do consumo energético na indústria 

A indústria é o segmento que mais consome energia elétrica no Brasil. De todo o recurso gerado, cerca de 40% é destinado à atividade industrial, segundo dados do Portal da Indústria.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, 61,9% da energia produzida é oriunda das usinas hidrelétricas que, embora sejam fontes renováveis, causam grandes impactos ambientais. Cerca de 52,6% vem de fontes não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral. 

Esses e outros combustíveis fósseis são responsáveis pela produção de diversos poluentes, incluindo os gases causadores do efeito estufa.

A substituição das fontes não renováveis pelas fontes renováveis é uma maneira segura e eficiente de manter a produção industrial estável e lucrativa.

Leia também: Como a energia renovável está transformando a economia brasileira?

O uso de energia renovável na indústria

As empresas estão modificando o seu consumo energético e investindo nas chamadas fontes limpas. Essa mudança foi estimulada pelo custo-benefício vantajoso e pelos incentivos do poder público. 

Confira as principais fontes de energia renováveis utilizadas na indústria:

Energia solar 

A energia solar é gerada por meio da luz e do calor do sol, que são captados por placas instaladas em espaço aberto. Esse tipo de energia pode ser usado em ambientes domésticos ou profissionais, para funcionamento de máquinas, equipamentos e instalações elétricas.

É uma tecnologia em expansão, com excelente custo-benefício. Atualmente, já é possível armazenar energia solar para suprir os períodos de baixa demanda. Para o futuro, a tendência é que a capacidade de armazenamento seja ampliada.

Energia eólica

Esse método utiliza geradores para transformar a força do vento em energia. É uma fonte alternativa muito utilizada pelo segmento industrial e também em ambientes remotos, sem acesso à eletricidade convencional.

As principais vantagens da energia eólica são o custo-benefício, a conversão eficiente, o pouco espaço físico ocupado pelos moinhos e a fácil adaptação em locais de difícil acesso.

Trata-se de uma fonte com grande capacidade de produção e que tem recebido diversos investimentos públicos, o que tem fortalecido a sua expansão.

Biomassa 

A biomassa é a matéria orgânica usada para gerar energia e outros produtos sustentáveis, como biocombustível e biogás. 

Essa matéria orgânica pode ser de origem vegetal ou animal, como o bagaço da cana-de-açúcar, as algas, o esterco de animais e os resíduos agrícolas.

Além de produzir energia, a biomassa reduz a produção de lixo e de gases poluentes.

A elevada produção agrícola e industrial aliada às buscas por fontes renováveis de energia servem de estímulo para a expansão da biomassa para uso tanto na indústria quanto na agricultura.

Hidrogênio verde 

O hidrogênio verde é obtido por meio da separação de moléculas de oxigênio e de hidrogênio presentes na água, através de um processo chamado eletrólise, realizado com energia solar ou eólica.

O H2V é um combustível leve, abundante na natureza, fácil de transportar e com diferentes aplicações, sendo usado em meios de transporte, armazenamento de energia e produção de água potável.

Apesar disso, o hidrogênio verde ainda não está disponível para toda a indústria. As pesquisas sobre essa fonte de energia ainda estão em desenvolvimento e a perspectiva é que novas soluções sejam criadas para tornar esse combustível mais acessível.

Vantagens da energia renovável na indústria

Veja quais são as principais vantagens de utilizar energia renovável no setor industrial:

Sustentabilidade ambiental 

As fontes renováveis não produzem resíduos e nem gases poluentes. Por isso, contribuem para a descarbonização.

A descarbonização é a redução da emissão de gases, em especial, o dióxido de carbono, causador do efeito estufa.

Além disso, a extração das fontes renováveis causa poucos danos ao meio ambiente, diferente do que acontece na produção e manipulação das fontes não renováveis.

Economia de custos 

As energias renováveis são inesgotáveis, ao contrário dos combustíveis fósseis, cuja disponibilidade diminui à medida que se tornam mais escassos, elevando assim seus custos e dificultando o acesso.

A ampliação da produção de energia renovável aumenta a eficiência energética e reduz os gastos relacionados ao consumo de energia.

Independência energética

A partir do Mercado Livre de Energia (MLE), é possível negociar com fornecedores, pagar apenas pelo que consome e escolher dentre as opções disponíveis no mercado.

Além disso, o fornecimento de energia renovável é estável e seguro, pois não há risco de esgotamento, sem contar na possibilidade de armazenamento energético para suprir os períodos de baixa produção.

Leia também: O cenário da transição energética no Brasil

Como a indústria está substituindo as fontes de energia?

De acordo com os dados da matriz energética divulgados pela Empresa de Pesquisa Energética, as fontes renováveis estão crescendo no Brasil, sendo responsáveis por quase metade de todo o consumo.

A energia solar, a energia eólica e a biomassa são as modalidades mais adotadas, uma vez que possuem maior disponibilidade para aquisição por parte das empresas interessadas.

Atualmente, a indústria tem investido no Mercado Livre de Energia, um espaço em que compradores e fornecedores podem negociar abertamente as melhores condições de comercialização de energia, de forma vantajosa para ambas as partes.

Com o MLE, as empresas deixam de ser dependentes dos combustíveis fósseis e podem adquirir energia de fontes renováveis na quantidade desejada e com condições discutidas diretamente com o fornecedor.

O futuro da energia renovável na indústria 

Com os investimentos realizados pelo governo federal, a adesão da indústria e as exigências do mercado, a tendência é que as fontes renováveis alcancem um patamar ainda mais alto na produção e no consumo de energia.

De acordo com o Portal da Indústria, estima-se que a matriz energética do Brasil seja formada por 84% de fontes limpas em até 10 anos.

Esse crescimento também está relacionado à implantação das novas tecnologias digitais, que estimulam a eficiência energética, aos recursos de automação e ao fortalecimento de fontes sustentáveis mais recentes, como o hidrogênio verde e a biomassa.

A Atlas Renewable Energy leva sustentabilidade e eficiência energética para a sua empresa

A energia renovável está desenhando o futuro do Brasil e do mundo, mas já produz diversas vantagens e a sua empresa não pode ficar de fora dessa evolução. A Atlas fornece diversas soluções energéticas para que a sua empresa consiga equilibrar produtividade, eficiência e sustentabilidade em suas operações.

Conheça as soluções que a Atlas pode oferecer para a transição energética do seu negócio.

Vista aérea de placas fotovoltaicas instaladas em um campo

De acordo com dados do Portal da Indústria, 40% de toda a energia produzida no Brasil vai para o setor industrial. O alto gasto energético das empresas também implica em grandes custos. Diante desse cenário, a economia na conta de energia torna-se um objetivo indispensável para equilibrar os gastos e garantir a competitividade no mercado.

Conheça as melhores estratégias para reduzir os custos com energia na indústria.

7 estratégias para economizar na conta de energia para a indústria

É possível otimizar o consumo de energia e reduzir os custos com a implantação de algumas estratégias de gestão. Confira a seguir:

1. Energias renováveis

Atualmente, as energias renováveis são a alternativa mais indicada para as empresas que precisam adotar um modelo de consumo de energia mais consciente e sustentável a médio e longo prazo.

Diferente das fontes de energia não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral, que causam diversos prejuízos ao meio ambiente, as fontes renováveis não emitem gases poluentes. Por isso, são chamadas de energias limpas. É o caso da energia solar e da energia eólica, por exemplo.

O processo de substituição dos combustíveis fósseis por fontes alternativas  de energia é chamado de transição energética. Essa mudança de comportamento das empresas é estimulada pelo governo, que quer tornar o Brasil uma referência em desenvolvimento sustentável.

O Brasil oferece diversos incentivos fiscais e outros benefícios para estimular as empresas a melhorarem o seu consumo energético. Uma dessas estratégias é a participação no Mercado Livre de Energia.

Trata-se de um ambiente em que as empresas podem negociar diretamente com os fornecedores todas as condições relacionadas à compra de energia, de forma independente, autônoma e personalizada, de acordo com as suas necessidades.

A Atlas Renewable Energy participa ativamente do Mercado Livre de Energia, oferecendo diversas soluções para empresas que buscam iniciar o processo de transição energética.

Leia também: Energias renováveis como protagonistas na estratégia dos CFO

2. Diagnóstico energético 

O diagnóstico energético é uma inspeção minuciosa que deve ocorrer em todos os setores da empresa para identificar os pontos positivos e aqueles que precisam de ajustes. Durante a avaliação, é importante mapear:

  • os pontos de energia utilizados;
  • as falhas existentes;
  • os tipos de equipamento, sua idade e forma de uso;
  • os horários de maior consumo de energia;
  • o consumo total atual.

É possível mapear o consumo de energia atual a partir das contas dos últimos meses, a fim de identificar a média anual. O objetivo é descobrir o padrão de consumo energético para planejar novas estratégias e, em seguida, comparar os cenários.

3. Tecnologias eficientes

A implantação de novas tecnologias é uma das principais estratégias para reduzir o consumo energético, especialmente com a substituição de metodologias obsoletas.

Dentro desse pacote de mudanças, estão incluídas a aquisição de novas máquinas, a adoção de sistemas mais rápidos e a troca de lâmpadas convencionais por modelos mais eficientes, por exemplo.

A ideia é transformar o cenário atual e construir uma empresa mais moderna, prática, rápida e eficiente, o que só é possível com mudanças na estrutura, nos equipamentos e nos softwares.

É certo que essa alteração requer investimentos financeiros. Por isso, é fundamental colocar todos os dados no papel, criar um planejamento e adequar o orçamento, dando prioridade para o que for mais urgente para a organização.

4. Automação e controle

A automação também faz parte da modernização industrial e utiliza máquinas, equipamentos e sistemas para simplificar e otimizar tarefas complexas, que demandam muita atenção do responsável e também muitos recursos, incluindo energia elétrica.

Com a automação, a indústria ganha mais autonomia, independência e agilidade nas suas operações, além de precisão e produtividade, tudo isso com uso eficiente de energia.

Já os sistemas de controle auxiliam no monitoramento do consumo energético, identificando desperdícios, mapeando pontos que precisam de melhorias e servindo de base para a tomada segura de decisões.

5. Eficiência no uso de iluminação 

Fundamental para o desempenho adequado das atividades industriais, a iluminação precisa passar por ajustes e adaptações. É importante  substituir lâmpadas comuns por lâmpadas de LED.

As lâmpadas de LED são duráveis, têm alta capacidade de iluminação e são muito mais eficientes do que as versões tradicionais, consideradas ultrapassadas e pouco eficazes.

Também é indicado utilizar sensores de presença. Esses dispositivos ligam e desligam as lâmpadas automaticamente, de acordo com a presença ou ausência de pessoas no ambiente.

Desta forma, evita-se que as luzes permaneçam acesas, sem necessidade, por um longo período de tempo. Além de reduzir os custos da empresa, essa medida também ameniza os impactos causados ao meio ambiente pelo consumo excessivo de energia.

Leia também: Entenda as vantagens da contratação de energia renovável para a sua empresa

6. Treinamento e conscientização dos colaboradores 

O engajamento dos colaboradores é um dos pilares da economia de energia dentro das empresas. São eles os responsáveis pelo uso direto de máquinas, equipamentos, computadores e sistemas, seja para alguma atividade laboral ou para momentos de descanso.

Por isso, é importante que esses profissionais sejam treinados e conscientizados sobre a importância do uso responsável dos recursos da empresa, com foco no consumo consciente e sem desperdícios.

É interessante que os treinamentos contenham informações técnicas sobre os efeitos do consumo descontrolado de energia e sobre os impactos do desperdício para a empresa e para o meio ambiente.

Os colaboradores precisam entender que são parte da solução desse problema.

7. Manutenção preventiva e preditiva

A manutenção preventiva é uma inspeção programada das máquinas e equipamentos industriais, de acordo com um planejamento e com foco na prevenção de falhas. O objetivo é garantir o funcionamento regular desses dispositivos, evitando pausas na produção.

Já a manutenção preditiva também deseja evitar interrupções no processo produtivo. Mas, em vez de inspeções programadas, o monitoramento das máquinas é contínuo e acontece durante o uso do equipamento, com imediato reparo dos danos encontrados.

Os dois tipos de manutenção melhoram o desempenho dos equipamentos industriais, evitando que eles consumam energia de forma excessiva e reduzindo o desperdício, além de serem fundamentais para o aumento da vida útil desses ativos. 

Conheça as soluções da Atlas Renewable Energy em eficiência energética

As fontes de energia renováveis são a principal alternativa para as empresas que buscam otimizar o consumo de energia e querem desenvolver práticas mais sustentáveis. A Atlas tem as melhores soluções para indústrias que buscam utilizar energia limpa no seu processo de produção.

Conheça as soluções que a Atlas pode oferecer para a transição energética do seu negócio.

Dois executivos apertando as mãos sobre placas fotovoltaicas

O PPA corporativo é um contrato utilizado para firmar, legalmente, a parceria entre empresas que compartilham o mesmo objetivo: comercializar energia proveniente de fontes renováveis. A seguir, saiba de que forma o PPA está contribuindo para a sustentabilidade da indústria.

Visão geral sobre PPAs corporativos 

O PPA (Power Purchase Agreement) é um contrato estabelecido entre duas empresas, com o objetivo de formalizar a compra e venda de energia, mais especificamente, a energia solar e a energia eólica.

De um lado temos a empresa geradora de energia e, na outra ponta, temos a empresa consumidora, que irá adquirir o recurso para utilizar em suas atividades industriais.

O PPA corporativo é um contrato de longo prazo, com duração entre 7 e 20 anos. Nele, são estabelecidas todas as condições que envolvem a negociação, buscando atender às necessidades específicas de energia dos consumidores, com diretrizes que irão nortear e assegurar o seu cumprimento por ambas as partes.

Como funciona um PPA corporativo junto a um gerador de energia? 

Um PPA corporativo, junto a um gerador, funciona da seguinte forma: uma empresa com histórico comprovado e experiência técnica fecha um contrato de longo prazo com um consumidor de energia. Esse PPA viabiliza a construção de um novo projeto de energia renovável, contribuindo para a ampliação da matriz energética.

Para viabilizar a atividade, a empresa desenvolvedora estabelece parcerias com organizações que desejam diversificar suas fontes de energia. A partir do contrato, essas organizações poderão utilizar energia solar ou eólica em suas operações.

O PPA permite o financiamento de energia por um período determinado, oferecendo preços competitivos e estáveis, de forma personalizada, diferentemente das opções convencionais de comercialização.

Existem dois tipos de PPA corporativo: o físico e o financeiro. Conheça mais sobre eles:

PPA Físico

No PPA físico, há uma entrega real de energia elétrica. Isso significa que o fornecedor (gerador de energia) compromete-se a fornecer uma quantidade específica de energia ao comprador (consumidor ou comercializador) durante um período determinado. Este tipo de contrato tem um ativo de energia lastreado, ou seja, a energia gerada e entregue é garantida fisicamente pelo fornecedor. 

Veja algumas características principais do PPA físico:

  • Entrega física de energia: A energia elétrica é realmente gerada e entregue ao comprador conforme acordado no contrato.
  • Local de entrega: O contrato especifica o ponto de entrega, que pode ser uma subestação ou outro ponto de conexão à rede elétrica.
  • Responsabilidades operacionais: O gerador é responsável por garantir a geração e a entrega da energia, enquanto o comprador é responsável por recebê-la.
  • Impacto direto nas operações: A energia fornecida pode ser usada diretamente nas operações do comprador ou revendida no mercado de energia.

Leia também: Energias renováveis como protagonistas na estratégia dos CFO

PPA Financeiro

O PPA financeiro, também conhecido como contrato por diferenças (CfD ou Contract for Differences), é essencialmente um instrumento financeiro. Neste tipo de contrato, não há entrega física de energia; ao invés disso, as partes envolvidas concordam em liquidar as diferenças entre um preço acordado (strike price) e o preço de mercado da energia. 

Veja algumas características do PPA financeiro:

  • Sem entrega física de energia: Não há transferência física de energia; o contrato é puramente financeiro.
  • Preço acordado e preço de mercado: As partes concordam com um preço fixo para a energia. Se o preço de mercado estiver acima do preço fixo, o gerador paga a diferença ao comprador. Se o preço de mercado estiver abaixo do preço fixo, o comprador paga a diferença ao gerador.
  • Hedging: O PPA financeiro é usado principalmente para hedge (proteção contra a volatilidade dos preços da energia). Ele permite que ambas as partes fixem seus custos ou receitas futuras relacionadas à energia.
  • Flexibilidade: O comprador não precisa estar fisicamente conectado ao gerador e pode estar localizado em qualquer lugar, desde que seja possível participar do mercado financeiro de energia.

Comparação entre PPA Físico e PPA Financeiro

Veja um comparativo entre o PPA físico e o PPA financeiro:

CaracterísticaPPA FísicoPPA Financeiro
Entrega de energiaFísicaNão há entrega física
Natureza do contratoContrato de fornecimento de energiaContrato financeiro por diferenças
Ponto de entregaEspecificado (subestação, ponto de conexão)Não aplicável
Uso da energiaPode ser usada diretamente ou revendidaUsado para hedge financeiro
Complexidade operacionalEnvolve operações de geração e distribuiçãoSimples, sem operações físicas envolvidas
Objetivo principalFornecimento de energia físicaProteção contra a volatilidade dos preços

A Atlas Renewable Energy opera na captação e comercialização de energia, por meio de contratos corporativos, oferecendo aos seus parceiros tecnologias modernas, seguras e de baixo custo.

Os acordos promovidos pela Atlas Renewable Energy são elaborados sob medida para cada cliente, com estrutura adequada às necessidades da empresa, garantindo segurança energética e minimização de riscos.

Saiba como a Atlas pode ajudar a sua empresa.

Tendências na adoção de PPAs corporativos no mundo 

Os PPAS já são uma realidade fora do Brasil. Além dos Estados Unidos, a Europa e a Escandinávia são regiões nas quais os contratos de compra e venda de energia renovável acontecem de forma recorrente.

No território brasileiro, a atividade também está crescendo. Uma das razões é a pressão externa do mercado, formado por consumidores, investidores e poder público, que exigem, cada dia mais, o comprometimento das organizações com as boas práticas ambientais.

Além disso, o alto custo energético da indústria tem feito com que os seus gestores queiram depender menos das fontes convencionais de energia e busquem opções com um custo-benefício mais atraente.

Um estudo recente divulgado pela Clean Energy Latin America (CELA) destacou que o volume de energia contratada por meio de PPAs aumentou 63% em 2023, em comparação com 2022. Apesar da queda de contratos, de 27 para 23.

Os PPAs em 2023 produziram 969 megawatts médios. Já em 2022, foram produzidos 594 MWmédios.

A tendência, portanto, é que a livre negociação de energia, formalizada pelo PPA, ganhe força, estabilidade e alcance novas empresas, em um futuro bem próximo.

Leia também: O cenário da transição energética no Brasil

Benefícios de um PPA corporativo para o setor industrial 

O PPA corporativo promove benefícios diversos para a indústria e a segurança energética é o principal deles.

Com o acordo, a empresa estará menos suscetível à alta volatilidade de preços do mercado de energia de curto-prazo, que tende a sofrer variações com muita facilidade e rapidez.

No PPA, a empresa consumidora tem previsibilidade orçamentária, pois todos os valores e condições comerciais estão acordados previamente e em contrato. 

Com isso, ela consegue identificar o que, de fato, está consumindo e quanto esse recurso está custando ao seu orçamento, sem imprevistos e com mais clareza para gerenciar o seu gasto energético.

Os preços competitivos do PPA corporativo também estimulam as empresas a ofertar seus produtos com valores igualmente atraentes para o seu público consumidor, o que contribui para a sua valorização frente à concorrência.

Outro benefício importante para as empresas que aderem ao contrato de compra e venda de energia é a possibilidade de investir em soluções personalizadas para o seu negócio, conforme as suas necessidades reais.

O PPA também promove mais sustentabilidade para a indústria, um benefício que será melhor abordado no tópico a seguir.

O papel dos PPAs corporativos na sustentabilidade das empresas

A sustentabilidade industrial é um dos pontos positivos de maior destaque dos PPAs corporativos. 

Aliás, esta é uma característica intrínseca à geração de energia renovável. Como sabemos, essas fontes causam pouco ou nenhum impacto ambiental durante a sua extração e utilização.

Com isso, as empresas reduzem a sua pegada de carbono, medida alcançada pela baixa produção de gases poluentes, incluindo aqueles causadores do efeito estufa.

Essas e outras medidas são fundamentais para a construção e fortalecimento de uma imagem positiva da empresa frente aos seus parceiros e clientes. Esse benefício independe de porte ou segmento do negócio.

Energia limpa e segura é uma solução da Atlas Renewable Energy

Os PPAs corporativos têm um papel importante na busca por maior competitividade, redução de custos energéticos e sustentabilidade empresarial. A Atlas Renewable Energy participa dessa transformação oferecendo soluções práticas e acessíveis aos seus clientes, sempre com muita responsabilidade e personalização.

Conheça as soluções que a Atlas pode oferecer para a transição energética do seu negócio.

Cada vez mais empresas optam por acordos de compra de energia renovável para garantir preços estáveis e competitivos a longo prazo, além de reduzir sua pegada de carbono.

A energia, um insumo fundamental para o funcionamento de todas as indústrias—tanto de bens quanto de serviços—é tipicamente contratada com distribuidoras ou comercializadoras, e é adquirida inclusive no sistema elétrico tradicional (conhecido como mercado spot, day-ahead ou marginalista). Este último mecanismo é caracterizado pela determinação de preços baseada no custo da última usina a gerar eletricidade em um determinado dia.

Invariavelmente, todas as empresas, em maior ou menor grau, estão expostas ao sistema elétrico, e tal exposição pode representar riscos significativos devido à sua volatilidade inerente. Embora os preços atuais na América Latina e na Península Ibérica estejam relativamente moderados, em virtude da estabilidade dos valores internacionais dos combustíveis, a situação era notavelmente diferente nos anos recentes. Isso se deveu principalmente ao aumento nos preços globais do gás, precipitado pelo conflito na Europa Oriental.

Porém, contingências localizadas podem gerar situações de crise, traduzidas na volatilidade diária dos mercados. Estas podem derivar de eventos climáticos, desafios operacionais e até mesmo perturbações financeiras.

Eventos meteorológicos extremos, como furacões, ondas de calor e secas, que ocorrem com maior frequência devido às mudanças climáticas, podem interromper a produção de energia e danificar a infraestrutura, afetando diretamente a oferta de recursos energéticos e provocando aumentos nos preços devido à escassez temporária de fornecimento. Um exemplo disso foi a seca causada pelo El Niño na Colômbia: no último abril, o preço médio da bolsa de energia foi de 988,59 pesos por kWh, enquanto em 2023 o valor foi de 231,53 pesos por kWh, quatro vezes menos.

A aparição de falhas operacionais nos mercados marginalistas, que podem surgir por várias razões, incluindo problemas técnicos nas usinas de energia ou interrupções na cadeia de fornecimento, pode levar a variações significativas na produção de energia, afetando a capacidade de atender à demanda e, consequentemente, aumentando os preços.

A resiliência da cadeia de fornecimento também é comprometida pelas mudanças climáticas, já que os fornecedores podem estar localizados em regiões vulneráveis a desastres naturais, afetando a disponibilidade de componentes essenciais para a geração de energia. Um exemplo disso ocorreu no México, em 2021. Uma tempestade de inverno no Texas provocou uma redução significativa na importação de gás natural para o México, afetando a geração elétrica em usinas que dependem desse combustível. Isso resultou em cortes de energia em várias regiões do país e um aumento drástico nos preços da eletricidade no mercado marginalista devido à escassez de fornecimento e à alta demanda de energia durante o evento. Segundo a Comissão Federal de Eletricidade (CFE), o preço do gás natural aumentou 5.000%, passando de US$3 por unidade de volume para mais de US$200.

 Mitigar riscos para não perder competitividade

Ficar exposto a essa volatilidade no preço da energia pode gerar um aumento no custo operacional das empresas e, consequentemente, uma perda de competitividade.

Para evitar essa situação e mitigar riscos, as empresas estão optando cada vez mais por acordos de compra de energia renovável (PPA, sigla em inglês), que garantem preços estáveis, econômicos, a longo prazo e reduzem sua pegada de carbono.

Os números mostram que não só as empresas têm intensificado sua contratação de fornecimento com energias limpas, mas também que é uma tendência crescente nas indústrias. De acordo com uma pesquisa realizada pela KPMG com empresas espanholas, em 2019, 21% das empresas contratavam entre 81% e 100% de seu fornecimento com essa modalidade, enquanto em 2022 esse número subiu três pontos percentuais, chegando a 24%. Um relatório da Pexapark indica que na Europa foram assinados 16,2 GW em 2023 (aumento de 40% em relação ao ano anterior) e que a Espanha lidera o ranking, com 4,67 GW, enquanto Portugal ocupou a 10ª posição, com 0,42 GW.

Esse avanço não é apenas europeu, mas global, e também é registrado no continente americano. Um relatório da BloombergNEF destaca que em 2022 empresas privadas e instituições públicas assinaram contratos para garantir um recorde de 36,7 GW de energias renováveis para alimentar suas operações, sendo que a maioria desses contratos foi celebrada no continente americano: 24,1 GW (um aumento de 18% em relação a 2021).

A Atlas Renewable Energy é uma das empresas líderes na provisão de energias renováveis, com mais de 6 GW em projetos contratados. Entre os diversos contratos de PPA que a empresa assinou, destaca-se o celebrado com a Dow Inc., multinacional de produtos químicos, onde na planta Jacaranda, localizada na cidade de Juazeiro, no estado da Bahia, Brasil, são gerados 187 MWp sob um contrato de 15 anos de energia limpa para essa multinacional. Outro PPA notável é o que foi assinado no final de 2023 com a Alumínio Brasileiro (Albras), que se transformou no maior PPA do Brasil.

Garantias para os consumidores de energias limpas

Um dos desafios dos Produtores Independentes de Energia (IPP, em inglês), como a Atlas Renewable Energy, é garantir um fornecimento constante de energias renováveis aos compradores (off-takers) e ser responsável por isso.

Para mitigar riscos e garantir fornecimentos, a Atlas Renewable Energy conta com um amplo portfólio de projetos eólicos e solares. Essa diversificação permite à empresa proporcionar estabilidade e previsibilidade na entrega de energia limpa ao longo do tempo dos contratos.

A empresa global, além disso, está inovando em sistemas de armazenamento a partir de baterias de íon-lítio de grande escala, para acumular a energia de plantas solares ou eólicas durante períodos de alta produção e liberá-la quando a geração é baixa, garantindo energia limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana. Um exemplo disso é o contrato assinado com a Codelco, para entregar energia limpa durante 15 anos a partir de uma planta solar híbrida com baterias.

Além da diversificação entre fontes de energias limpas, a Atlas Renewable Energy também se dedica ao emprego de tecnologias avançadas, como sistemas de monitoramento e gestão em tempo real, que permitem otimizar a produção e distribuição de energia. Essas tecnologias ajudam a prever e responder às variações na produção, garantindo que os compromissos dos PPA sejam cumpridos.

Acordos Personalizados Adaptados aos Imperativos do Cliente

A Atlas Renewables Energy, além de implementar rigorosas medidas operacionais para sua cadeia de suprimentos, oferece garantias contratuais meticulosamente elaboradas que se alinham precisamente com as exigências das empresas consumidoras.

Os Acordos de Compra de Energia (PPAs) exibem considerável versatilidade em suas estruturas e modalidades contratuais. Parâmetros fundamentais, como a denominação da moeda para aquisição e distribuição de energia, podem ser personalizados. Esses acordos podem ser orquestrados para janelas temporais específicas dentro da duração contratual ou estruturados para fornecimento contínuo, 24 horas por dia. Além disso, os PPAs se bifurcam em arranjos físicos (onde a energia renovável é canalizada diretamente para o comprador) e financeiros ou virtuais (que ocorrem quando as partes acordam um preço contratual e pagamentos cambiais baseados na diferença entre o preço do contrato e o preço de mercado ). Existem acordos ainda mais sofisticados que permitem que entidades consumidoras de energia adquiram participações proprietárias em ativos renováveis.

Além disso, uma via alternativa para aquisição de energia limpa emergiu através dos Certificados Internacionais de Energia Renovável (I-RECs, na sigla em inglês). Estes instrumentos ganharam força como um método expedito para corporações mitigarem sua pegada de carbono em relação ao consumo de energia, contornando a necessidade de compromissos contratuais prolongados.

Conclusão

A presença de contingências a nível global e local em cada país, seja por questões geopolíticas ou catástrofes naturais, impacta diretamente o preço da energia, produzindo uma volatilidade que afeta a competitividade das empresas.

É por isso que a contratação de energia renovável a longo prazo é uma opção em ascensão, tanto na América Latina quanto na Península Ibérica, pois oferece preços estáveis e competitivos que ajudam as empresas a reduzir sua pegada de carbono.

Portanto, é fundamental que tais acordos de PPA sejam celebrados com empresas especializadas em energias renováveis, que possuam um portfólio de projetos capaz de cumprir os contratos.

Este artigo foi criado em parceria com a Castleberry Media. Na Castleberry Media, estamos dedicados à sustentabilidade ambiental. Ao comprar Certificados de Carbono para o plantio de árvores, combatemos ativamente o desmatamento e compensamos nossas emissões de CO₂ três vezes mais.

Vista de uma cidade com elementos que remetem à sustentabilidade

Desenvolvimento sustentável pode ser definido como um modelo de crescimento econômico, social e ambiental que visa o consumo saudável de recursos naturais, boas práticas de gestão e compromisso social. A ideia é criar empresas lucrativas e, ao mesmo tempo, sustentáveis. Vamos conhecer as bases dessa metodologia?

Os pilares do desenvolvimento sustentável empresarial 

O desenvolvimento sustentável é estabelecido a partir de três pilares, que agem de forma integrada e complementar. Confira as partes que compõem o tripé da sustentabilidade empresarial:

Social

O pilar social abrange a relação da empresa com os colaboradores e a sociedade, em especial, a comunidade localizada nas imediações da empresa.

O objetivo deste pilar é proporcionar um ambiente laboral saudável e seguro, além de garantir que a sociedade também seja impactada positivamente pelas boas práticas adotadas pela empresa.

Econômico

O crescimento econômico empresarial deve ser baseado em uma gestão responsável, sem exploração de funcionários, sem agressões ao meio ambiente e com transparência em relação ao mercado.

Ambiental

O foco é a proteção e a conservação do meio ambiente. Para isso, a empresa não pode ter o seu crescimento atrelado a problemas ambientais. É responsabilidade da instituição evitar ou minimizar os danos cometidos por suas ações contra o meio ambiente.

Vale destacar que o desenvolvimento sustentável só pode ser assegurado quando os três pilares são aplicados corretamente, simultaneamente e de forma recorrente.

Isso significa que as boas práticas sociais, econômicas e ambientais devem fazer parte da cultura organizacional da empresa e da sua rotina diária de trabalho, além de ser aplicada por todos os setores e colaboradores.

Leia também: Energias renováveis como protagonistas na estratégia dos CFO

A importância do desenvolvimento sustentável para as empresas

O desenvolvimento sustentável é alvo de discussão há bastante tempo, mas muitas empresas só estão se dando conta agora do quanto é importante investir em práticas mais saudáveis de gestão.

Além dos benefícios ao meio ambiente, como redução da emissão de gases poluentes, do consumo energético e da produção de lixo, a empresa também estará contribuindo para uma sociedade mais justa, livre e segura.

Do ponto de vista gerencial, a empresa consegue otimizar seus resultados, reduzir custos e desperdícios, aumentar a valorização do seu produto ou serviço e potencializar a sua competitividade no mercado, atraindo e fidelizando consumidores.

Uma pesquisa realizada pela Bain & Company constatou que 70% dos consumidores entrevistados estão dispostos a pagar mais por um serviço ou produto, desde que a marca invista em sustentabilidade.

A mesma pesquisa apontou que mais de 40% do público busca empregos que possuam algum propósito em suas ações. Para essas pessoas, o salário não é o ponto mais importante.

Por isso, atrair colaboradores engajados e comprometidos com todas as metas da empresa, de operação e de gestão, também é uma vantagem do desenvolvimento sustentável.

A pesquisa também mostrou que empresas que investem em desenvolvimento sustentável são mais bem-sucedidas. Marcas sustentáveis são mais bem-avaliadas por clientes e parceiros, o que acaba melhorando as relações comerciais e, consequentemente, a lucratividade do negócio.

Exemplos de ações sustentáveis no ambiente corporativo 

Quais ações sustentáveis podem ser adotadas no ambiente corporativo? Selecionamos alguns exemplos práticos que podem ser aplicados e aperfeiçoados por empresas dos mais diversos segmentos e tamanhos. Confira:

Pilar Social

  • Inclusão e diversidade na seleção de colaboradores;
  • salários mais justos e igualitários;
  • investimento em segurança do trabalho;
  • trabalho social com a comunidade local.

A Atlas Renewable Energy, por exemplo, desenvolve projetos de educação, capacitando jovens estudantes de comunidades vulneráveis em programação, TI, robótica e empreendedorismo. 

A Atlas recebeu prêmios do IJGlobal e do GRI Infra Awards 2023 pelo seu programa Ed-Mundo. Realizado em parceria com o Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação (IPTI), o Ed-Mundo capacita jovens de comunidades vulneráveis em TI, programação e empreendedorismo. O programa formou cinco turmas, com 64 estudantes e uma participação feminina de 49%. No campo do empreendedorismo, foram apresentadas 24 propostas de negócios.

Com iniciativas como o Cloc e a Oficina de Negócios, o Ed-Mundo promove núcleos de programação em escolas públicas e desenvolve o potencial criativo dos alunos. A Atlas planeja ampliar o alcance do programa para outras localidades, consolidando seu legado social e impacto positivo nas comunidades onde atua. Saiba mais sobre o programa.

Pilar Econômico

  • Investimento em economia sustentável;
  • transparência nas finanças;
  • boas relações com fornecedores e parceiros;
  • gestão responsável, com perfil acolhedor e humano.

A Atlas oferece oportunidades de emprego para moradores da comunidade onde está localizada. Além disso, capacita mulheres do entorno para atuação na construção de plantas solares. 

A Atlas capacitou 320 mulheres de Paracatu (MG) para atuarem em setores elétricos e de construção, contratando 72 delas para a construção do complexo solar Boa Sorte. Esse projeto, em parceria com a Hydro REIN e a Albras, gerará 920 GWh anuais, fornecendo 12% da energia para a Albras, maior produtora de alumínio do Brasil. A construção envolveu 2.900 trabalhadores e foi concluída dois meses antes do prazo, destacando a união entre tecnologia e a expertise da Atlas.

O programa “Somos parte da mesma energia” e a Oficina Ecoar também refletem o compromisso da empresa com o desenvolvimento socioambiental. 

A Oficina Ecoar, em parceria com a JANZ.media e a Fundação Conscientearte, treinou 480 pessoas negras de Paracatu em técnicas cinematográficas, resultando na produção de minidocumentários que serão exibidos em julho de 2024. A iniciativa busca proporcionar autonomia e independência às comunidades locais, evidenciando o papel da diversidade na construção de um futuro sustentável. Leia mais sobre o Complexo Solar Boa Sorte.

Pilar Ambiental

Algumas medidas aplicadas pela Atlas incluem a redução do uso do papel, o compartilhamento de veículos e a criação de processos de reciclagem mais eficientes.

Essas e outras ações impedem que mais de um milhão de toneladas de gases poluentes sejam lançados na atmosfera.

Indicadores para medir o impacto do desenvolvimento sustentável nas empresas

Os indicadores são ferramentas criadas para mensurar e avaliar o desempenho da empresa na aplicação e no resultado das práticas sustentáveis.

Por meio desse acompanhamento, é possível comparar estratégias, identificar falhas e fazer ajustes, elevando a eficiência do processo de sustentabilidade. Alguns indicadores que podem ser utilizados são:

  • consumo energético;
  • consumo hídrico;
  • quantidade de empregos gerados na comunidade local;
  • melhoria da qualidade de vida da comunidade;
  • número de acidentes de trabalho;
  • percentual de reciclagem e gestão de resíduos;
  • índices de inclusão e diversidade.

A ideia é levantar dados de antes e depois das novas práticas de desenvolvimento sustentável para que seja possível identificar, de fato, melhorias em todos os âmbitos.

Leia também: O cenário da transição energética no Brasil

Desafios e soluções para implementar práticas sustentáveis nas empresas

Embora ofereça diversas vantagens, a implementação das práticas sustentáveis no ambiente corporativo ainda esbarra em muitos desafios. Dentre eles, podemos citar:

Investimento financeiro

Seja para treinar a equipe, modernizar a empresa, adquirir máquinas eficientes ou garantir salários mais atrativos, a empresa precisa de um aporte financeiro.

A dica para minimizar os custos é começar aos poucos, priorizando o que gera mais impacto negativo e que pode ser solucionado com menos esforço, além de identificar as necessidades vitais do negócio.

Pouco engajamento da equipe

Mudar comportamentos antigos, aderir às novas práticas, reconhecer a própria responsabilidade são algumas barreiras enfrentadas pelo gestor em relação à sua equipe de trabalho.

A orientação é investir em capacitação e treinamento, com foco em conscientização. Além disso, é importante selecionar colaboradores engajados e dispostos a vestir a camisa da empresa.

Objetivos imediatistas

A sustentabilidade precisa de dedicação diária e deve estar incluída na cultura organizacional da empresa. Não deve ser vista como uma tendência ou uma fase, mas como um processo contínuo, com muitas vantagens a médio e longo prazo, e com um custo-benefício que vale a pena o investimento.

A implementação de práticas sustentáveis pode ser facilitada com o apoio de outras empresas. Por isso, é importante buscar parcerias que contribuam com as metas de sustentabilidade do seu negócio.

Atlas Renewable Energy: soluções sustentáveis para a sua empresa

O desenvolvimento sustentável ainda não é uma característica comum a todas as empresas, mas esse cenário tende a ficar mais positivo com o passar do tempo. 

A Atlas contribui para um mundo corporativo mais saudável, oferecendo soluções em eficiência energética e aplicando todos os pilares do desenvolvimento sustentável em sua própria rotina de trabalho.

Conheça as soluções que a Atlas pode oferecer para a transição energética do seu negócio.

Vista de aerogeradores instalados em colinas

As fontes de energia renováveis são uma opção segura e vantajosa para as empresas que desejam reduzir seus custos com eletricidade e aumentar sua competitividade em um contexto cada vez mais desafiador para o segmento industrial.

A seguir, vamos conhecer o impacto das fontes de energia renováveis no setor industrial, quais são suas vantagens e as tendências para o futuro do segmento.

O cenário das fontes de energia utilizadas na indústria

O setor industrial tem aumentado seus investimentos em eletrificação, modernizando suas operações e adotando tecnologias mais eficientes. No entanto, essa tendência também implica em um maior consumo de eletricidade por parte dessas empresas.

A indústria brasileira já é a maior consumidora de energia do país, absorvendo aproximadamente 40% de toda a produção energética nacional, segundo dados do Portal da Indústria.

Esses números representam um ponto de atenção, já que, no Brasil, as maiores fontes geradoras de energia são não renováveis, como carvão, petróleo e gás natural.

As fontes não renováveis são prejudiciais ao meio ambiente, altamente suscetíveis à volatilidade de preços internacionais e têm uma expectativa de oferta finita. Além disso, diretrizes ambientais governamentais, como a Corporate Sustainability Due Diligence Directive (CSDDD) da União Europeia, e a pressão de consumidores por um consumo mais sustentável são incentivos para novas soluções de energia de baixa emissões.

Para a indústria, as fontes renováveis são uma forma moderna, simples e sustentável de melhorar e transformar processos produtivos, aumentando a competitividade e o impacto ambiental positivo.

Fontes de energia renováveis X fontes de energia não renováveis

As fontes de energia não renováveis, como petróleo, carvão e gás natural, são extraídas a partir de recursos finitos que se esgotam com o tempo. A exploração e uso dessas fontes geram diversos impactos econômicos e ambientais significativos, que se manifestam de várias formas na gestão industrial.

A extração de fontes não renováveis envolve processos intensivos e custosos, tanto em termos financeiros quanto ambientais. A exploração de petróleo e carvão, por exemplo, requer infraestrutura pesada, tecnologias avançadas e grandes investimentos. 

Além disso, esses processos frequentemente resultam em danos ambientais, como a degradação de ecossistemas, a contaminação de solos e águas e a emissão de gases poluentes. Essas emissões contribuem significativamente para o efeito estufa e as mudanças climáticas, aumentando a pressão regulatória e os custos com multas e impostos ambientais para as indústrias.

Na gestão industrial, o uso de fontes não renováveis também implica em desafios contínuos de abastecimento e volatilidade de preços.

Como os recursos são finitos e sujeitos a flutuações de mercado, as empresas enfrentam incertezas no planejamento de longo prazo e precisam investir em estratégias de mitigação de risco, como estoques de segurança ou contratos futuros, o que pode aumentar os custos operacionais.

Em contrapartida, as fontes de energia renováveis, como a solar, eólica, biomassa e biogás, apresentam uma série de vantagens que as tornam uma opção mais atrativa e sustentável para as indústrias

Produzidas a partir de recursos infinitos, que não se esgotam, essas fontes são consideradas limpas, pois causam pouco ou nenhum impacto ambiental durante a extração ou manipulação. 

A geração de energia a partir de fontes renováveis não emite gases poluentes, o que contribui para a redução do efeito estufa e ajuda a mitigar as mudanças climáticas.

Além do benefício ambiental, a adoção de energias renováveis oferece uma produção mais sustentável e econômica. As tecnologias associadas a essas fontes têm se tornado cada vez mais acessíveis e eficientes, reduzindo os custos de instalação e operação.

Para as indústrias, isso significa um alto retorno econômico e uma maior previsibilidade nos custos de energia, já que os recursos renováveis não estão sujeitos à mesma volatilidade de preços que os combustíveis fósseis.

A transição para uma economia de baixo carbono, embora desafiadora, pode ser facilitada pela contratação de energia renovável, que pode ser realizada de forma simples e ágil.

As vantagens incluem não apenas a conformidade com regulamentações ambientais, mas também o alinhamento com a demanda crescente de consumidores, financiadores e governos por práticas sustentáveis. 

As indústrias que adotam fontes renováveis estão melhor posicionadas para atender a essas expectativas e para se beneficiar das oportunidades associadas à economia verde.

Leia também: Como as tecnologias inovadoras conduzem o futuro das energias renováveis

Vantagens das fontes de energia renováveis na indústria 

Será que vale a pena investir em fontes de energia renováveis? Conheça alguns dos seus benefícios:

Sustentabilidade ambiental 

As fontes de energia renováveis não produzem gases causadores do efeito estufa (GEE). Logo, não agridem a natureza e nem promovem alterações climáticas, como elevação da temperatura e baixa qualidade do ar.

Além disso, a implantação de novos projetos renováveis gera empregos e impactos sociais e ambientais positivos para as comunidades no entorno dos projetos.

Viabilidade econômica 

Para algumas empresas, a busca pela transição energética, reduzindo o uso de fontes não renováveis e substituindo por fontes sustentáveis, esbarra na falta de recursos financeiros.

Entretanto, a compra de energia renovável é uma excelente oportunidade para aumentar a sustentabilidade ambiental e financeira tanto no curto como médio e longo prazo.

Independência energética 

A independência energética é uma das vantagens que mais têm chamado a atenção da indústria. Atualmente, o segmento depende das fontes tradicionais de energia.

O objetivo da transição energética é diversificar o consumo de energia, optando por fontes alternativas, conforme a necessidade da empresa e de acordo com os investimentos que ela consegue realizar.

Para a indústria, é muito importante construir uma matriz energética diversificada, uma vez que ela poderá usar as fontes de energia de forma personalizada e conforme as suas demandas individuais.

Tecnologias emergentes e inovações no uso de energias renováveis na indústria

Conheça as tecnologias emergentes e as inovações que estão permitindo o processo de transformação e eficiência energética da indústria:

Energia solar

A energia solar fotovoltaica é gerada a partir da luz do sol. Os raios são capturados pelos painéis solares para serem transformados em energia elétrica.

A produção de energia solar é uma das soluções desenvolvidas pela Atlas Renewable Energy, com o objetivo de promover o consumo consciente e eficiente de energia elétrica.

Energia Eólica

A energia eólica é obtida através da transformação do vento, tarefa executada pelas turbinas eólicas, também chamadas de aerogeradores.

É uma das fontes renováveis que mais crescem no mundo, principalmente no Brasil, que é considerado um país com enorme potencial para produção de energia eólica.

A Atlas também tem investido na produção desse tipo de energia e, recentemente, inaugurou a sua primeira usina eólica no estado de Minas Gerais.

Biomassa e biogás

Biomassa é o nome dado aos resíduos orgânicos que também servem como fonte de energia renovável. Bagaço de cana, madeira e outras matérias orgânicas, em vez de irem para o lixo, são transformadas em calor, energia e combustível.

Além de serem consideradas fontes limpas de energia, a biomassa e o biogás são ferramentas importantes na gestão de resíduos, pois reduzem a quantidade de material descartado, diminuindo o tamanho dos lixões e as suas implicações na natureza.

Baterias

As baterias são componentes cruciais para o armazenamento de energia renovável, permitindo o uso eficiente de eletricidade gerada por fontes intermitentes, como solar e eólica. 

A capacidade de armazenamento permite que a energia gerada seja utilizada mesmo quando as condições de geração (sol ou vento) não são ideais, garantindo uma fonte constante e confiável de energia para a indústria.

Políticas de incentivo à energia renovável e seu impacto na indústria

Disposto a reduzir o uso de combustíveis fósseis e amenizar os impactos negativos dessa prática, o Brasil está desenvolvendo diversas estratégias com o objetivo de incentivar o consumo de fontes de energia renováveis pela indústria.

Uma delas é a concessão de selos e certificações que atestam a procedência da energia consumida, uma medida que valoriza a empresa e eleva a sua competitividade.

Outras práticas incluem a ampliação do público atendido pelo Mercado Livre de Energia e a redução do preço de tecnologias, máquinas e equipamentos mais eficientes e com menor consumo energético.

Conheça outros subsídios:

  • Proinfa: Programa de Incentivo às Fontes Renováveis;
  • Incentivo ao uso do Biodiesel;
  • Desconto no TUSD e TUST: concedido ao comprador livre de energia;
  • Créditos de carbono para compensação da emissão de gases;
  • Isenção para consumo de etanol hidratado.

Leia também: Entenda as vantagens da contratação de energia renovável para a sua empresa

Tendências para energias renováveis na indústria 

As fontes de energia renováveis estão se popularizando, sendo o tipo de energia que mais cresce internacional e nacionalmente. Além disso, estão estimulando a descoberta de outras tecnologias, modelos de negócio e soluções com o mesmo objetivo.

Dentre as chamadas tecnologias emergentes em desenvolvimento, destacamos o hidrogênio verde, um vetor energético com grande potencial de crescimento, e a energia oceânica, que utiliza a força das ondas e das marés para produzir calor e eletricidade.

O Mercado Livre de Energia também está crescendo no segmento industrial, principalmente por atender duas demandas muito atuais: a independência energética e a diversificação da matriz energética.

Trata-se de um espaço competitivo e de livre negociação onde as empresas produtoras e consumidoras de energia podem discutir sobre compra, produção e venda de energia renovável.

O Mercado Livre de Energia contribui para um consumo energético consciente, sustentável, sem excessos e sem desperdícios, o que também reduz os custos da indústria.

Atlas Renewable Energy: soluções em energia renovável

A Atlas Renewable Energy é referência no segmento de fontes de energia renováveis. Com atuação sólida na produção e comercialização de energia solar e eólica, a empresa orgulha-se de estar contribuindo para um futuro energético mais sustentável e acessível para todos.

Conheça as soluções que a Atlas pode oferecer para a transição energética do seu negócio.

Com o aumento da demanda por dados, as telecons precisam ser estratégicas no consumo de energia e as renováveis combinam o melhor dos mundos: redução da pegada ambiental e dos custos operacionais.

O setor de telecomunicações, conhecido pelo elevado consumo de energia devido à operação contínua de infraestruturas, enfrenta um desafio crescente com o aumento da demanda por dados. 

Um levantamento da consultoria Statista mostra que a quantidade de dados digitais criados ou replicados em todo o mundo aumentou mais de trinta vezes na última década, passando de dois zetabytes em 2010 para 64 zetabytes no ano passado – e deve ultrapassar os 180 zetabytes em 2025, com um crescimento médio anual de quase 40% ao longo de cinco anos. 

IoT (Internet das Coisas), desenvolvimento do 5G e uso intensivo de redes sociais estão por trás deste boom no tráfego de dados.

Isso significa uma aceleração sem precedentes no consumo de energia e possíveis impactos sobre ambições climáticas. 

Globalmente, as TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) já são responsáveis por 3 a 4% das emissões de CO2, o dobro do setor de aviação, de acordo com o Boston Consulting Group (BCG)

Ainda segundo o BGC, a demanda por dados móveis deve aumentar 60% nos próximos anos, o que pode fazer com que a indústria seja responsável por um recorde de 14% das emissões mundiais de CO2 até 2040. E 90% desse volume está associado ao consumo de energia.

É por isso que a adoção de energias renováveis chega como uma solução estratégica para reduzir o impacto ambiental, junto com outra vantagem importante: elas reduzem os custos operacionais, especialmente no Brasil, que conta com ótimas condições para geração eólica e solar a preços competitivos.

O próprio 5G pode ser um aliado. A análise do BCG destaca que a implementação do 5G pode diminuir a intensidade energética do setor em até 70%, desde que associada às renováveis, o que também significa redução de custos.

 Telecons brasileiras apostam em renováveis

Segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024 da EPE, na classe comercial, o setor é o quinto maior consumidor de energia elétrica no Brasil, com 4.322 gigawatt-hora (GWh), representando 4,8% do segmento. 

Não é por acaso que as principais operadoras de telecomunicações no Brasil têm trabalhado para zerar suas emissões através de iniciativas como a geração distribuída com sistemas de armazenamento de bateria, PPAs e certificados de energia renovável para substituir geradores a diesel.

No Brasil, a empresa Telefónica pretende reduzir 90% das suas emissões de escopo 1 e 2 (operações e consumo de energia) até 2030, além de 56% em toda a sua cadeia de valor. O plano de ação climática da empresa conhecida pela operadora Vivo inclui desde a implementação de redes mais eficientes como fibra e 5G, até maior adoção de energias renováveis e redução do uso de combustíveis fósseis.

A Claro, com o programa Energia da Claro, tem investido em usinas de energia que utilizam fontes renováveis – hidrelétricas, solar, biogás e cogeração – para descarbonizar o seu consumo. A operadora também compra energia no mercado livre de parques eólicos. O objetivo é usar somente energia limpa em suas operações de grande porte.

Já a Tim quer ser uma empresa “carbono zero” até 2040 e “eficiência energética e uso de fontes renováveis de energia, sempre que viável economicamente” é um dos caminhos listados pela operadora para alcançar essa ambição.

O Plano ESG 2024-2026 mantém as metas relacionadas ao tema: ser uma empresa “carbono zero” (escopos 1, 2 e 3) até 2040, ser “carbono neutro” (escopos 1 e 2) e reduzir as emissões do escopo 3 em 42% até 2030, tendo 2023 como ano-base.

A seguir, apresentamos três motivos porque a adoção de energias renováveis é vantajosa para as telecons:

  • Eficiência operacional e redução de custos

As energias solar e eólica reduzem a dependência de combustíveis fósseis e os custos associados, como a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e a variação do dólar. A Agência Internacional para Energias Renováveis (Irena) aponta que 86% da capacidade das energias renováveis contratadas em 2022 teve custos mais baixos do que a eletricidade produzida a partir dos combustíveis fósseis.

No caso da Claro, por exemplo, a geração renovável atende 70% do consumo da empresa em baixa tensão. Isso abastece mais de 25 mil unidades consumidoras e mais de 70% das antenas da Claro.

Com contratos de longo prazo no mercado livre, a transição para fontes renováveis também pode proteger as empresas de telecomunicações contra a volatilidade dos preços de energia do mercado regulado, onde as hidrelétricas respondem por mais de 50% da oferta de eletricidade. Crises hídricas recentes mostraram os riscos associados à dependência de uma única fonte e como diversificar as opções pode resultar em economias significativas a longo prazo. Confira o guia de PPA da Atlas Renewable Energy

  • Reputação corporativa e demanda dos consumidores

A sustentabilidade é uma crescente preocupação entre os consumidores. Segundo um relatório sobre o futuro da telefonia móvel elaborado pela GSMA, uma associação internacional que representa mais de 750 operadores de telefonia móvel no mundo, 73% dos consumidores consideram o meio ambiente em suas decisões de compra. Assim, a adoção de energias renováveis não só melhora a eficiência operacional, como também fortalece a reputação corporativa, tornando as companhias mais atrativas para consumidores e investidores.

  • Contribuição para metas climáticas

A utilização de energias renováveis é crucial para que o setor de telecomunicações alcance suas metas de sustentabilidade e contribua para a redução das emissões globais de CO2. Com iniciativas como a geração distribuída, uso de baterias, PPAs e certificados de energia renovável, as TICs podem avançar em direção a operações mais verdes e sustentáveis.

Visão de futuro

Integrar energias renováveis nas operações das empresas de telecomunicações é uma resposta às pressões ambientais e econômicas e também uma estratégia inteligente para o futuro. As empresas que liderarem essa transição estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios operacionais e regulatórios, ao mesmo tempo em que atendem às expectativas dos consumidores e contribuem para um planeta mais sustentável.

Este artigo foi criado em parceria com a Castleberry Media. Na Castleberry Media, estamos dedicados à sustentabilidade ambiental. Ao comprar certificados de carbono para o plantio de árvores, combatemos ativamente o desmatamento e compensamos nossas emissões de CO₂ três vezes mais.

Placas fotovoltaicas e aerogeradores instalados em um campo

A autoprodução de energia é uma alternativa que vem sendo vista com mais atenção pelas empresas que buscam eficiência energética e redução de custos em suas atividades operacionais. Produzir a energia que consome é uma prática sustentável e economicamente viável, além de atender a vários critérios estabelecidos pelo ESG, uma metodologia que cobra uma participação corporativa mais responsável no âmbito econômico, social e ambiental. Neste artigo, vamos entender como esses conceitos se relacionam.

A autoprodução de energia para empresas 

A autoprodução de energia acontece quando uma empresa produz a energia que consome. Ou seja, ela é o seu próprio fornecedor.

Esse modelo é muito adotado pela indústria, que tem um custo energético bastante elevado, e está disponível para as empresas que fazem parte do Mercado Livre de Energia, espaço de negociação autônoma de energia.

Na autoprodução, a empresa pode gerar energia por meio de fontes não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral. Contudo, as fontes renováveis são as opções mais viáveis, especialmente do ponto de vista ambiental, um dos pilares do ESG.

A Atlas Renewable Energy oferece um modelo de autoprodução de energia, no qual os clientes tornam-se sócios dos projetos de energia renovável. Eles precisam estar no Mercado Livre de Energia.

Neste conceito, a empresa desenvolve e constrói usinas solares ou eólicas, e os clientes participam como investidores. Com isso, eles não apenas compram a energia gerada, mas também possuem uma parte da infraestrutura, compartilhando os benefícios financeiros do projeto.

Este modelo permite que os clientes garantam um fornecimento de energia a preços competitivos e estáveis, ao mesmo tempo em que contribuem para a sustentabilidade e a redução das emissões de carbono.

A Atlas cuida de todo o processo, desde o desenvolvimento e construção até a operação e manutenção das usinas, enquanto os clientes aproveitam a energia limpa e os retornos do investimento, alinhando seus objetivos corporativos de sustentabilidade com vantagens econômicas tangíveis.

A energia solar e a eólica são as fontes alternativas mais utilizadas na autoprodução, principalmente devido ao baixo impacto ambiental.

As chamadas fontes limpas geram menos gases poluentes causadores do efeito estufa, têm um custo mais acessível e contribuem para uma produção industrial mais competitiva.

Com uma geração sustentável de energia, as vantagens da autoprodução se expandem e se intensificam. Conheça alguns dos benefícios evidenciados nessa combinação:

  • Redução de tarifas;
  • Isenções fiscais;
  • Previsibilidade de gastos;
  • Pouca ou nenhuma produção de carbono;
  • Redução do risco de mercado;
  • Estímulo à transição da matriz energética;
  • Maior autonomia e eficiência energética.

Leia também: Energias renováveis como protagonistas na estratégia dos CFO

A importância do ESG para as empresas

O ESG, abreviação em inglês para Ambiental, Social e Governança, é um conceito criado para orientar as empresas na execução de boas práticas de gestão e responsabilidade social.

Essa abordagem se baseia em três pilares básicos: 

  1. Meio ambiente: destaca o comprometimento da empresa na proteção e no cuidado com o meio ambiente;
  2. Social: se refere ao tratamento justo dado aos colaboradores e também à responsabilidade da empresa com a comunidade que a cerca;
  3. Governança: estímulo à ética nos negócios e ao combate à corrupção, dentre outras práticas ilegais.

Ao trabalhar temas tão relevantes para a economia, sociedade e meio ambiente, o ESG oferece às empresas a chance de transformar e melhorar esses setores, servindo como modelo para outras organizações.

Em contrapartida, as empresas que aderem ao ESG constroem uma reputação corporativa valiosa, bastante requisitada no mercado e que é fundamental na captação de investimentos e na busca por mais competitividade.

A relação entre a autoprodução de energia e o ESG 

A autoprodução de energia atende a todos os parâmetros estabelecidos pelo ESG, uma vez que consegue diversificar seus benefícios e distribuí-los entre os três pilares. Veja a seguir:

Ambiental

A redução do impacto ambiental está no topo das vantagens promovidas pela autoprodução de energia. Ao optar por fontes renováveis, a empresa reduz as emissões de carbono, um dos grandes causadores do aquecimento global. 

Um meio ambiente utilizado de maneira sustentável conserva a sua biodiversidade e mantém a preservação dos seus ecossistemas, garantindo um espaço mais seguro e longevo para todos usufruírem.

Social

Em relação à responsabilidade social, a autoprodução de energia também faz a sua parte gerando empregos na região onde as usinas estão instaladas.

A Atlas Renewable Energy, por exemplo, realiza projetos sociais nas comunidades em que atua, incentivando práticas sustentáveis, capacitando jovens e estimulando a participação das mulheres na indústria de energias renováveis.

Governança

Já na governança, a transparência e a participação dos colaboradores são algumas características estimuladas pela indústria de energia renovável.

A integração de pessoas favorece o compartilhamento de ideias e reforça a importância do comprometimento e participação de todos na construção e gestão de projetos.

Desafios e oportunidades na autoprodução de energia

As vantagens da autoprodução de energia são inegáveis, mas os desafios também existem, sendo importante conhecê-los para saber como lidar com eles.

Dentre os gargalos da produção individual de energia, podemos destacar a questão burocrática e todos os trâmites legais que a empresa deve atender para que consiga executar suas atividades adequadamente.

Outro ponto importante está na regularização fundiária, que é necessária para a construção das usinas de energia do novo produtor. A estrutura física e técnica da empresa também é um fator a ser avaliado e sua organização deve ser feita sob supervisão de uma equipe especializada.

Para driblar esses e outros obstáculos, a empresa deve fazer uma análise honesta e clara da sua situação atual, dos seus objetivos e dos recursos disponíveis para investir. Assim, tomará decisões mais seguras.

Além disso, é importante ficar atento às oportunidades que estão em plena expansão e disponíveis no Mercado Livre de Energia.

Nesse espaço de negociação, a empresa pode escolher entre gerar energia individualmente, formar grupos com o mesmo objetivo ou adquirir energia de empresas terceirizadas.

Leia também: A IA e seu impacto nas energias renováveis

O futuro da autoprodução de energia

A livre negociação e a autoprodução de energia são tendências que devem se fortalecer nos próximos anos, alcançando empresas de todos os portes e segmentos.

Além de ser uma demanda ambiental, econômica e social urgente, a eficiência energética também é um fator fundamental para fortalecer e diferenciar as empresas em um mercado tão acirrado.

Atualmente, o Brasil busca inúmeras estratégias para melhorar a sua colocação na transição da matriz energética, com uso de fontes renováveis de energia, muito mais limpas e eficientes.

Para isso, o país tem realizado investimentos e pesquisas com foco em desenvolvimento de projetos, ferramentas e novas tecnologias, além de expansão de empresas que desejam participar dessa migração.

Hoje, é impossível falarmos de crescimento industrial e eficiência energética sem citar os recursos tecnológicos e a automação, responsáveis pela simplificação de processos e pela otimização das operações.

Nesse quesito, as tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial, a telemetria, o Machine Learning, a robótica e a Internet das Coisas (IoT), são elementos cruciais de transformação e modernização industrial.

Essas e outras tendências também devem continuar fortalecendo o ESG, afinal, uma empresa não deve ser só lucrativa. Ela também precisa ser responsável e sustentável.

Atlas: solução em eficiência energética e desenvolvimento industrial

A Atlas Renewable Energy oferece soluções para produção eficiente de energia, sempre alinhada com práticas sustentáveis e seguras para o meio ambiente, colaboradores e comunidade.

Conheça as soluções que a Atlas pode oferecer para a transição energética do seu negócio.

Ilustração de H2 no meio de uma floresta

O hidrogênio verde vem ganhando destaque por causa do seu potencial como uma fonte renovável de energia, com muitas vantagens, em especial, a versatilidade e a sustentabilidade. A seguir, conheça as perspectivas para o futuro do hidrogênio verde no Brasil e no mundo.

Fundamentos do hidrogênio verde

O hidrogênio é um combustível obtido com a separação das moléculas de oxigênio e hidrogênio presentes na água. Esse processo químico, chamado de eletrólise, é impulsionado com a força da energia elétrica.

No caso do hidrogênio verde, a energia utilizada é proveniente de fontes renováveis, como hidro, solar, eólica e biomassa.

O fato de não gerar gases poluentes na atmosfera é o que faz com que o hidrogênio seja chamado de “verde”, o que significa que ele também é sustentável, eficiente e menos danoso ao meio ambiente.

Quando obtido de fontes não renováveis, o hidrogênio ganha outras cores em sua classificação. O hidrogênio marrom é derivado do carvão mineral enquanto o hidrogênio cinza é produzido com gás natural.

Ao contrário dos combustíveis limpos, os combustíveis fósseis, como o carvão mineral e o gás natural, contribuem com a produção exorbitante de gases poluentes.

Leia também: O cenário da transição energética no Brasil

Aplicações e setores-chave para o hidrogênio verde 

Conheça as principais aplicações e os setores-chave para o hidrogênio verde:

Fertilizantes

Atualmente, quase toda a produção de fertilizantes nitrogenados é feita a partir de combustíveis fósseis, o que representa um desafio significativo para a sustentabilidade ambiental.

O Brasil, sendo um dos principais produtores agrícolas do mundo, enfrenta a necessidade de importar uma quantidade considerável de fertilizantes, incluindo amônia, de países como Rússia, Irã e Trindade e Tobago. Essa dependência externa ressalta a urgência de explorar alternativas mais sustentáveis para a produção de fertilizantes.

Nesse contexto, o uso de hidrogênio verde emerge como uma solução promissora. Ao invés de depender exclusivamente de gás natural e carvão, empresas estão direcionando esforços para utilizar o hidrogênio na produção de amônia e outros fertilizantes nitrogenados. Essa transição oferece vantagens significativas, não apenas em termos de redução das emissões de carbono, mas também em termos de segurança energética e autonomia para o Brasil, um país eminentemente agrícola.

A adoção do hidrogênio verde na produção de fertilizantes é de particular importância para o Brasil, que importa cerca de 90% da amônia utilizada na agricultura. 

Ao investir em tecnologias que promovem a produção local de fertilizantes sustentáveis, o país não apenas reduz sua dependência de recursos externos, mas também contribui para a mitigação das mudanças climáticas e para a construção de uma economia mais verde e resiliente.

Transporte sustentável 

A eletrificação dos veículos é uma tendência de consumo acompanhada pelas empresas. O hidrogênio verde ocupa um papel importante nesse processo de transformação.

Atualmente, já é possível usar o combustível para viagens de algumas horas, um experimento que deve ser aprofundado e expandido nos próximos anos. No Brasil, por exemplo, é alta a expectativa para o primeiro VLT movido totalmente a hidrogênio verde.

A expectativa é que, em breve, o novo combustível seja uma das soluções com melhor custo-benefício para estimular a mobilidade de longo alcance e para uso em transportes pesados, especialmente os que atuam no setor de cargas, minas e energia.

Indústria pesada 

A indústria é um dos segmentos que mais produzem gases poluentes. Por isso, investir em sustentabilidade nos seus processos é essencial.

Nas refinarias de petróleo, o hidrogênio verde já é utilizado de forma intensiva na produção de materiais refinados, como o diesel e a gasolina. Nas siderúrgicas, a produção do aço vem utilizando o combustível em substituição ao gás natural. Já na indústria química, o hidrogênio verde está, aos poucos, substituindo o hidrogênio marrom, além de atuar como ingrediente na fabricação de amônia.

Há um espaço significativo para a indústria brasileira se descarbonizar, convertendo o consumo de combustíveis fósseis para soluções de eletrificação via hidrogênio. Essa transição pode reduzir drasticamente as emissões de gases poluentes, promovendo um futuro mais sustentável e alinhado com as metas globais de redução de carbono.

Geração de energia 

O hidrogênio verde pode ser armazenado tanto na versão líquida quanto na versão gasosa. Ele pode, ainda, ser absorvido por outros materiais e transportado de um ponto a outro do país.

A fácil adaptação e a versatilidade permitem que o hidrogênio verde seja guardado para uso em situações emergenciais, na carência ou ausência de energia, e como complemento de baterias, por exemplo.

Desafios enfrentados pelo hidrogênio verde 

Apesar das muitas vantagens do hidrogênio verde, a produção e o consumo do combustível em grande escala ainda esbarram em alguns desafios, como a viabilidade econômica, o arcabouço regulatório e uma maior escala da indústria.

O hidrogênio verde é obtido por meio da eletrólise, que demanda muita energia elétrica e técnica para ser executado com o máximo de eficiência.

Essas características elevam os custos envolvidos na produção, consumo, transporte e armazenamento do hidrogênio e requerem novas soluções como o transporte via amônia ou via eletricidade, através do sistema interligado nacional. As pesquisas e os investimentos também são fundamentais para endereçar esses desafios e fomentar o seu avanço.

É o que muitos países têm feito, estimulados não só pelos benefícios climáticos do hidrogênio verde, mas também pelos impactos econômicos no desenvolvimento de uma nova indústria, na geração de empregos e na maior independência energética.

Além da adequação aos novos requisitos de emissões e sustentabilidade para a indústria, pelos mercados internacionais como a União Europeia.

Leia também: Energias renováveis como protagonistas na estratégia dos CFO

Iniciativas globais e investimentos

O que o mundo está fazendo para ampliar a produção e o consumo do hidrogênio verde? Confira:

Projetos e iniciativas

A criação de projetos e iniciativas para fomentar a economia derivada do hidrogênio verde é uma parceria que envolve o governo de vários países e também instituições privadas.

A União Europeia, por exemplo, está estudando a capacidade do hidrogênio verde de auxiliar na fabricação de alumínio e aço. O bloco econômico também está realizando investimentos na área em outros mercados, como no Brasil.

Pesquisadores vêm discutindo o uso do hidrogênio verde na fabricação do ferro em substituição ao carvão mineral, uma alternativa que reduziria significativamente a poluição e as emissões de gases poluentes pela indústria.

No Brasil, em 2022, o Conselho Nacional de Política Energética criou um programa para desenvolver a economia gerada pelo hidrogênio verde — Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2).

Investimentos e perspectivas de mercado 

No final de 2023, a Fortescue anunciou um investimento de 5 bilhões na produção de hidrogênio verde no Nordeste do Brasil, região com maior potencial para energias renováveis.

De acordo com a Deloitte Consultoria, cerca de 9 trilhões de dólares deverão ser injetados no Brasil nos próximos anos para ampliar as pesquisas sobre hidrogênio verde, seja por iniciativas públicas ou privadas.

Apesar dos obstáculos, a expectativa para o fortalecimento do hidrogênio verde no mercado é grande e muito positiva. Ainda assim, é preciso reiterar a necessidade de ações estratégicas rígidas, como:

  • definição de marcos regulatórios seguros;
  • investimentos reais em logística de transporte de hidrogênio verde;
  • incentivos fiscais para reduzir os custos das fontes renováveis, tornando-as competitivas em comparação com as fontes convencionais;
  • definição de metas para consumo de produtos feitos a partir de hidrogênio verde.

Seja na geração de energia, na mobilidade sustentável, na transformação da indústria, na criação de tecnologias e na formação de novos negócios, o hidrogênio verde será, em breve, o centro das atenções.

Atlas Renewable Energy: solução em energia sustentável

O hidrogênio verde é o combustível do futuro, mas já está transformando o nosso presente.  Por isso, a Atlas está na vanguarda dos estudos e do desenvolvimento de soluções inovadoras para o hidrogênio verde.

Oferecemos tanto fornecimento de energia renovável para a produção de hidrogênio quanto apoio à adequação das empresas e grandes consumidores nessa transição importante. 

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Os CFOs lideram uma revolução rumo à sustentabilidade: os contratos de compra de energia renovável tornaram-se peças centrais em suas estratégias financeiras e ambientais.

O papel do Chief Financial Officer (CFO) evoluiu significativamente, impulsionado pela transformação digital e pelo crescimento do setor financeiro. A capacidade de se relacionar com todos os stakeholders e de compreender as regulamentações é fundamental nas decisões de um CFO.

O CFO moderno transcende a expertise técnica: seu papel diversificou-se, tornando-o um profissional estratégico e multifacetado. Mais do que se concentrar apenas em números e finanças, espera-se que os CFOs possuam competências interpessoais que lhes permitam cultivar a colaboração e a empatia. Um artigo recente da revista Forbes descreve o CFO como o “copiloto” do CEO, destacando seu papel integral na liderança corporativa.

Os CFOs de hoje enfrentam o desafio de não apenas lidar com as áreas táticas e estratégicas tradicionais, mas também demonstrar flexibilidade e visão de futuro para antecipar cenários. Essa adaptabilidade é essencial, dada a crescente complexidade do ambiente de negócios.

Em uma era de digitalização acelerada, a EY América Latina enfatiza a importância dos CFOs adotarem novas tecnologias para impulsionar a eficiência e a rentabilidade das empresas. Essencialmente, os CFOs são cada vez mais responsáveis pela geração de valor, um conceito-chave para a sustentabilidade empresarial.

A Importância das Políticas ESG na Tomada de Decisão dos CFOs

A alavancagem financeira sempre foi fundamental para o crescimento das empresas. Agora, há um componente adicional: o acesso ao crédito das empresas depende cada vez mais de seu compromisso com as políticas ESG (Governança ambiental, social e corporativa).

Até recentemente, a sustentabilidade ambiental ou social de uma empresa era avaliada apenas pelas agências de classificação de crédito. Hoje, é uma exigência dos investidores institucionais. “Alguns dos grandes gestores de ativos, especialmente aqueles com fundos passivos (como Vanguard, State Street, BlackRock) e alguns ativos, desenvolveram equipes especializadas e metodologias internas para atribuir suas próprias classificações de sustentabilidade”, indica o banco BBVA.

Os investidores agora avaliam as políticas de sustentabilidade das empresas. A adesão a essas políticas permitirá uma participação mais efetiva no mercado de capitais, segundo o Conselho Empresarial Colombiano para o Desenvolvimento Sustentável (Cecodes). Portanto, os princípios ESG devem estar no cerne da estratégia de todo CFO.

Quais instrumentos financeiros estão relacionados às medidas de sustentabilidade? “Há uma variedade crescente de produtos para empresas que atendem aos padrões ESG”, confirma o Banco Santander. Quatro desses produtos incluem:

  • Fundos de investimento sustentáveis: organizações que alocam recursos em projetos após avaliar diversos critérios, como esforços de inovação e melhorias na eficiência energética ou nas condições sociais.
  • Green bonds e social bonds: títulos de dívida destinados a financiar projetos ambientais ou socialmente responsáveis.
  • Capital de risco social: fundos que investem em empresas com a missão de resolver problemas sociais ou ecológicos, buscando tanto retornos econômicos quanto sociais ou ambientais.
  • Empréstimos verdes: produtos financeiros desenvolvidos para financiar projetos que preservem o meio ambiente, como a produção de eletrodomésticos mais eficientes ou veículos menos poluentes.

PPAs de Energia Renovável Corporativos: Um Ativo-Chave para os CFOs

Iniciativas que promovem a transição energética (de combustíveis fósseis para energias limpas) são cada vez mais relevantes para investidores e, gradualmente, para consumidores também.

Por exemplo, a redução das emissões de CO2 será decisiva para o comércio de algumas empresas com a Europa. De fato, a Comissão Europeia está em processo de adotar um Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM) que impedirá a importação de bens produzidos com mais CO2 do que o permitido nos mercados internos da União Europeia, um dos padrões mais rigorosos do mundo.

Portanto, se uma mineradora que extrai cobre produzir mais toneladas de CO2 do que o permitido pelas políticas ambientais da UE, o cobre extraído não poderá ser vendido em nenhum dos 27 países da UE. Diante disso, muitas empresas latino-americanas precisarão aumentar seu consumo de energias renováveis, que são menos poluentes.

Os CFOs estão cientes dessas mudanças? Javier Bustos acredita que sim. Bustos é o CEO da Associação de Consumidores de Energia Elétrica Não Regulados (ACENOR), que agrupa empresas chilenas consideradas ‘clientes livres’ em termos de serviço elétrico (ou seja, sua potência conectada é superior a 500 kW e, portanto, podem gerar sua própria eletricidade ou contratar o fornecimento diretamente de geradores).

“As empresas estão buscando cada vez mais o acesso ao fornecimento de energia elétrica renovável [por meio de contratos bilaterais de compra de energia (PPAs)], com o objetivo de cumprir suas próprias metas de redução da pegada de carbono, bem como para competir internacionalmente”, observa Bustos sobre os preços mais baixos encontrados nas energias renováveis.

“Recentemente, vimos como grandes clientes elétricos industriais e de mineração renegociaram ou assinaram novos contratos para garantir que recebam fornecimento renovável”, diz Bustos. “Na ACENOR, estimamos que pelo menos 60% da energia contratada por nossos associados já seja renovável e continue crescendo a cada ano.”

Para Bustos, é recomendável que as empresas que se qualificam como clientes livres “continuem impulsionando a contratação de energia renovável, pois a perspectiva do CFO é muito relevante para incorporar esse tipo de fornecimento ao portfólio de consumo”.

Estabilidade, preços competitivos e descarbonização para atingir metas ESG: o CEO da ACENOR observa que as grandes empresas preferem fechar contratos de PPA em vez de ficarem expostas às flutuações dos preços do mercado ou dependerem do fornecimento de uma distribuidora de energia elétrica.

Quais são os prazos? “Aproximadamente um terço dos contratos de clientes livres no Chile têm duração de pelo menos 15 anos. O restante são predominantemente contratos de 5 a 10 anos”, responde.

Pontos-Chave: Um Guia Prático para os Desafios da Sustentabilidade

Em resumo, é recomendável que o Chief Financial Officer considere os critérios ESG ao formular sua estratégia. Um artigo publicado pela consultoria PWC destaca quatro dimensões dos papeis desses altos executivos e sua relação com as políticas de sustentabilidade:

Visionário estratégico: o CFO entende e orienta a relação entre pessoas, ecossistemas e rentabilidade para identificar riscos e oportunidades em sustentabilidade e integrá-los a uma estratégia de longo prazo.

Colaborador inclusivo: o CFO constroi redes entre unidades de negócios, fornecedores, vendedores e outros stakeholders para manter um compromisso com a sustentabilidade.

Catalisador da transformação: o CFO alinha a estratégia de negócios, a empresa como um todo e sua cultura com uma agenda sustentável comum.

Comunicador firme: o CFO tem acesso a informações financeiras e não financeiras da organização; portanto, pode criar um programa de sustentabilidade credível com informações confiáveis.

Outro aspecto crítico é que os CFOs identificaram todos os stakeholders relevantes de uma empresa, além dos acionistas.

“Atualmente, os CFOs reconhecem que não são apenas os acionistas que exigem informações financeiras e não financeiras relacionadas com questões ESG; também as partes que têm um impacto interno ou externo na organização”, afirma a PWC.

Conclusão

Questões ambientais e sociais requerem um forte compromisso das empresas na concepção de políticas ESG (governança ambiental, social e corporativa). Para tanto, os diretores precisam da capacidade de se adaptar rapidamente às novas tendências, incluindo a promoção da transição energética.

Nesse contexto, os contratos de fornecimento de energia renovável são uma ferramenta estratégica para os CFOs alcançarem objetivos ambientais, como a redução das emissões de CO2.

Os acordos de compra de energia limpa ajudam as empresas a atingir suas metas ESG – o que pode proporcionar maior acesso a instrumentos financeiros e, em muitos casos, melhorar a reputação junto aos consumidores. Além disso, eles também oferecem economia duradoura, pois são acordos estáveis, de longo prazo e com preços competitivos.

Este artigo foi criado em parceria com a Castleberry Media. Na Castleberry Media, estamos dedicados à sustentabilidade ambiental. Ao comprar Certificados de Carbono para o plantio de árvores, combatemos ativamente o desmatamento e compensamos nossas emissões de CO₂ três vezes mais.