UMA VISÃO SISTÊMICA DA DIVERSIDADE E DA INCLUSÃO
No Dia Internacional da Mulher e todos os dias, a Atlas Renewable Energy coloca a diversidade e a inclusão na linha de frente.
Na Atlas Renewable Energy, queremos liderar o nosso setor em termos de equilíbrio, diversidade e inclusão de gênero (D&I). Estamos trabalhando para desafiar estereótipos, combater preconceitos, ampliar percepções e mudar atitudes – em nosso setor, em nossos escritórios e nas comunidades onde operamos. Entendemos que, para fazer a diferença, precisamos ir além da conscientização e abordar as questões de uma perspectiva mais tangível. Embora ainda haja muito a fazer, apresentamos aqui algumas das iniciativas que temos desenvolvido para contribuir para a igualdade de oportunidades.
CRIANDO MUDANÇAS A PARTIR DE DENTRO
Quando começamos, no início de 2017, soubemos imediatamente que tínhamos desequilíbrios importantes em relação a gênero, com um pequeno percentual de mulheres e ainda menos representatividade nos níveis técnicos, gerencial e de tomada de decisões. E o problema não era só nosso: no setor de energia renovável como um todo, as mulheres representam apenas uma pequena porcentagem da força de trabalho. De acordo com um estudo realizado pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em 2019, as mulheres representavam apenas 32% dos funcionários em tempo integral da força de trabalho da energia renovável em todo o mundo.
Acreditamos que o fato de operarmos em uma indústria dominada por homens não é desculpa. Então, começamos a criar uma cultura interna que abrangesse a inclusão e a diversidade desde o início, e começamos a buscar maneiras de transformar nossa empresa, em uma empresa que pudesse ser caracterizada pela igualdade.
Nosso primeiro passo foi tornar nosso processo de recrutamento mais inclusivo. Insistimos que deveria haver pelo menos uma candidata em cada lista de recrutamento e que o conjunto geral de candidatos deveria ser o mais diversificado possível. Para evitar qualquer tipo de viés na contratação, pedimos aos nossos recrutadores que nos apresentassem currículos ocultos, que mascaram não apenas o gênero dos candidatos, mas também sua idade, etnia e localização.
Nossos esforços foram recompensados: hoje, o número total de funcionários da nossa corporação é composto por 40% de mulheres, contra apenas 11% há quatro anos.
QUEBRANDO BARREIRAS ESTRUTURAIS
Trazer mais mulheres para a empresa não seria suficiente. Para sermos verdadeiramente sensíveis às questões de gênero, implementamos uma série de medidas para criar uma cultura corporativa baseada na igualdade de oportunidades, na não discriminação e no respeito pela diversidade.
Isso inclui nosso treinamento sobre preconceitos inconscientes e o programa de imersão em D&I, que é fornecido a todos os membros da equipe e se concentra não apenas nas diferenças de gênero, como também busca desafiar formas preconceituosas de pensamento que possam influenciar de forma injusta nas decisões.
Analisamos também as barreiras estruturais que impedem uma maior participação feminina na força de trabalho. A ligação entre as responsabilidades familiares e a diminuição da participação feminina na força de trabalho foi bem documentada e, como foi comprovado que os direitos à licença maternidade com proteção do emprego mantêm as mulheres no trabalho, examinamos as melhores práticas internacionais e implementamos uma licença maternidade de seis meses com salário integral. Esta iniciativa foi implementada em todos os países nos quais a Atlas está presente, onde, em muitos casos vai além do que a regulamentação local exigiria.
Para evitar o preconceito contra a contratação de mulheres, também estendemos um mês de licença paternidade aos homens – em comparação com a licença paternidade mínima remunerada de cinco a oito dias em muitos dos mercados em que operamos.
Além disso, para garantir que levamos em consideração todos os tipos de famílias, também implementamos a licença-adoção para nossos funcionários.
Outra barreira estrutural está relacionada ao cuidado infantil. Não acreditamos que mulheres ou homens devam ter que escolher entre cuidar de seus filhos ou priorizar suas carreiras, por isso implementamos um subsídio mensal de creche para crianças de até três anos, permitindo que os membros da equipe retornem à força de trabalho após ter ou adotar uma criança.
Ao construirmos políticas de diversidade e inclusão, acreditamos ser vital que elas sejam consistentes em todos os aspectos. Portanto, não importa se nossos funcionários estão sediados no Chile, México, Brasil ou nos EUA, nossa estrutura permanece a mesma para garantir que nosso compromisso com a igualdade seja claro em todos os lugares.
AS MULHERES NÃO PODEM SER O QUE NÃO PODEM VER
A próxima parte da nossa jornada é permitir que as funcionárias da Atlas avancem em seu crescimento profissional e pessoal. Para viabilizar isso, implementamos um programa de talentos e mentoria para apoiar seu crescimento pessoal e profissional, garantindo a criação de um forte canal de mulheres líderes para o futuro.
INDO ALÉM DE NOSSOS ESCRITÓRIOS PARA TER UM IMPACTO POSITIVO NAS COMUNIDADES LOCAIS
Devido à nossa pegada geográfica e ao impacto que podemos causar nas comunidades onde operamos, estamos em uma posição forte para mobilizar nossos próprios empreiteiros e trabalhar com as comunidades locais a fim de promover valores semelhantes na representação feminina, e assim embarcamos em uma jornada de diversidade e inclusão através de um ambicioso programa de mão-de-obra feminina, em parceria com instituições e governos locais.
Sob o nome “Somos todos parte da mesma energia”, o programa visa melhorar o acesso das mulheres locais às oportunidades de emprego e empreendedorismo, alavancando o potencial de desenvolvimento econômico das áreas em que estamos construindo projetos de energia renovável, a fim de criar empregos.
Até agora, estamos no caminho certo para aumentar a qualificação de pelo menos 700 mulheres das comunidades próximas para atuar em nossos ativos atualmente em construção no México, Chile e Brasil. Usando estudos de mercado, identificamos lacunas de habilidades e oportunidades de trabalho e, em seguida, projetamos nosso treinamento para atender a essas necessidades. Em seguida, trabalhamos para incluir uma proporção das mulheres treinadas em nossas próprias cadeias de suprimentos e mobilizar nossos contratados para priorizar sua inclusão em seu processo de contratação ou facilitar os vínculos com outras indústrias em nossa área de influência.
Não é apenas a igualdade de gênero que estamos abordando em nossos mercados. Em muitos casos, seremos vizinhos das comunidades locais por décadas, por isso também implementamos políticas adicionais de inclusão para garantir que todos tenham acesso às oportunidades que nossos projetos podem oferecer. Atuamos em diversos mercados e, como resultado, estamos cientes da necessidade de adequar nossa abordagem ao contexto social da área em que atuamos a fim de ter o maior impacto possível.
Por exemplo, em nosso projeto Jacarandá no Brasil, nossas políticas de contratação foram estruturadas para garantir que pelo menos 35% da força de trabalho total seja composta por pessoas de cor, que são frequentemente excluídas das oportunidades de emprego devido à discriminação racial. Até hoje, 74% das mulheres e 79% dos homens atualmente empregados em Jacarandá são de ascendência afro-brasileira, e no total, 56 mulheres estão empregadas na construção deste projeto, respondendo por 15% do total da força de trabalho.
Enquanto isso, desde o início de março, contratamos 95 mulheres em nosso projeto em “Sol de Desierto” no Chile, representando 14% da força de trabalho total, e no México, implementamos um programa de treinamento para equipar cerca de 300 mulheres com uma variedade de habilidades, que pretendemos replicar no Lar do Sol – Casablanca, uma usina solar da Atlas em Minas Gerais, Brasil.
UMA VISÃO SISTÊMICA
Na Atlas, nosso objetivo é continuar avançando para nos tornarmos uma referência em igualdade em nosso setor e para as indústrias de infraestrutura e energia em geral.
Embora o progresso que fizemos até agora seja significativo, ainda há muito trabalho a ser feito. Mas ao reconhecer as lacunas e buscar soluções tangíveis, pretendemos construir um futuro mais equitativo, que permita a todos, independentemente de gênero, etnia, idade, origem ou capacidade, ter acesso à igualdade de oportunidades.