Energia que transforma: o impacto dos projetos renováveis no Brasil
Com DNA social, a Atlas Renewable Energy se alia aos melhores padrões internacionais a fim de entender as comunidades que serão suas vizinhas e envolvê-las na transição energética
Em 2024, o Brasil ultrapassou a marca de 39 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte fotovoltaica. Só nos três primeiros meses do ano, de acordo com dados da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), foram adicionados 2 GW em uma demonstração da velocidade que as instalações estão ocorrendo no país.
Na geração centralizada, categoria que incorpora os grandes parques de energia renovável, são cerca de 12,2 GW de potência instalada.
Mais do que gerar energia, esses complexos mudam realidades nas regiões onde são construídos.
Segundo as estimativas da Absolar, desde 2012, os empreendimentos fotovoltaicos de grande porte já movimentaram cerca de R$ 54,3 bilhões em novos investimentos e mais de 366,6 mil empregos.
Para a Atlas Renewable Energy, que possui um portfólio de projetos contratados de cerca de 3,7 GW no Brasil, um projeto de geração fotovoltaica é também uma oportunidade de envolver a comunidade.
“A implementação de um projeto de geração centralizada requer uma infraestrutura grande. O que enxergamos como oportunidade, e buscamos potencializar, é nos utilizar deste momento para socializar o conhecimento e alguma forma de acesso a essa energia renovável para o nosso entorno”, conta Sandro Ramos, gerente de ESG da Atlas Renewable Energy no Brasil..
Ramos explica que o envolvimento das comunidades é um trabalho ativo e constante que faz parte de todos os empreendimentos da companhia, indo muito além de disseminar conhecimento. As ações buscam empoderar as pessoas, gerar oportunidades de trabalho e renda, fortalecer a cultura local e, claro, identificar possibilidades de inserir a energia renovável no dia a dia das comunidades próximas aos empreendimentos.
“Todas as nossas ações relacionadas a educação ambiental, a comunicação, a explicação do que o empreendimento é, já traz a veia o que é a energia renovável. Em alguns casos, temos a oportunidade de levar a energia renovável fisicamente para essas pessoas. Seja um bombeamento solar ou um abastecimento elétrico de uma sede comunitária, por exemplo”, diz Sandro..
Somos Parte da Mesma Energia
Uma das estratégias da Atlas Renewable Energy para garantir que a transição energética seja mais justa é promover a diversidade.
Historicamente, a participação de mulheres na implementação de parques solares no Brasil é mínima: cerca de 2%.
Já a Atlas Renewable Energy tem meta de pelo menos 15% de participação, que exige muito planejamento para realizar programas de capacitação, acompanhamento e acolhimento para formar profissionais mulheres que vão atuar nesses empreendimentos e até mesmo em outros.
Isso é o que acontece com o Somos Parte da Mesma Energia, o programa carro-chefe da companhia que já conseguiu superar a meta e alcançar 22% de contratação de profissionais mulheres em um dos seus empreendimentos.
O eixo principal é capacitar e contratar mulheres para trabalhar nos parques de geração renovável. E como os momentos de maior contratação são implementação e operação, o foco é nessas fases.
Sandro explica que, quando chega em uma região, a companhia primeiro faz um diagnóstico do contexto e programas sociais que já existem ali, para que a ação seja complementar e traga novas possibilidades às realidades do território.
Após esse mapeamento, são definidas, junto com o cronograma de execução das obras, quais são as profissionais necessárias e que tipo de treinamento as mulheres precisarão receber.
“São contratações relacionadas à montagem de módulos, montagem eletromecânica, atividades relacionadas à construção civil. Nós enxergamos as etapas da nossa obra, quando que cada área precisará contratar profissionais e realizamos os cursos para as mulheres para que elas estejam prontas nesse momento”, detalha o engenheiro.
Com o Somos Parte da Mesma Energia, a Atlas Renewable Energy já levou esse treinamento e contratação para mais de mil mulheres pela América Latina afora.
+ Meninas nas Ciências
Segundo o Banco Mundial, apenas metade das mulheres participa da força de trabalho global, em comparação com quase três em cada quatro homens. Isso se reflete no setor de energia, onde apenas 16% das vagas tradicionais são ocupadas por mulheres.
As renováveis estão ajudando a melhorar esse cenário. Dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA, sigla em inglês) mostram que elas já ocupam 32% dos cargos nas indústrias renováveis.
Mas ainda há muito que avançar. E a mudança precisa começar a ocorrer já na fase escolar. É o que propõe o programa + Meninas nas Ciências, desenvolvido pela Atlas Renewable Energy em todas as suas instalações.
Por meio de formação em STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), o projeto + Meninas nas Ciências busca preencher justamente uma lacuna apontada pela IRENA como crucial para promover maior diversidade no setor.
A iniciativa busca abrir novos horizontes para meninas brasileiras, que futuramente podem vir a ocupar as vagas que serão geradas pela indústria renovável.
“Lá na frente, ela pode ter uma opinião muito distinta do tipo de carreira que quer ter. O programa está fortemente apoiado em longo período de planejamento e execução de atividades, e contando a história de mulheres que anteriormente já fizeram isso. Claro que elas não precisam seguir aquela carreira, mas passam a ter conhecimento de que podem seguir a carreira. Que mulheres fizeram isso antes e que, hoje, existem empresas e políticas voltadas a garantir essa possibilidade”, explica Sandro.
Ele conta que, uma das etapas obrigatórias do programa é a visita à nossa planta em construção, para que elas tenham contato com os trabalhadores.
“Nós implementamos isso em uma obra nossa em Paracatu (MG) e o retorno que tivemos em relação ao programa já estava maravilhoso com as meninas, mas foi muito bacana junto aos trabalhadores. Podemos ver como aqueles trabalhadores, homens e mulheres, se interessaram em mostrar qual era o serviço para aquelas meninas. Houve uma motivação muito grande entre todos os envolvidos”, relata.
Ecoar: Cinema com pertencimento
Também em Paracatu, em Minas Gerais, onde a Atlas Renewable Energy opera o complexo solar Boa Sorte, a empresa encontrou uma oportunidade de fomentar a cultura regional.
“Quando chegamos a Paracatu, percebemos que havia uma tradição audiovisual muito grande, relacionada a cinema, documentários e jornalismo. Além disso, Paracatu tem uma tradição histórica relacionada à comunidade negra, por uma questão de ocupação histórica. Então nós enxergamos a oportunidade de juntar esses dois elementos”, diz Sandro.
Assim nasceu o “Ecoar: Cinema com Pertencimento”, uma iniciativa que oferece cursos técnicos de audiovisual para que as pessoas possam contar a sua própria história. A intenção é dar visibilidade a grupos historicamente marginalizados, ampliando a abrangência para todo o município,
“Nós selecionamos grupos relacionados à comunidade negra e LGBTQIAPN+ de Paracatu e demos um treinamento para pelo menos uma pessoa de cada grupo, para que eles tivessem todos os elementos relacionados a roteiro, manejo de câmera, tudo para eles elaborarem documentários contando a própria história. Temos grupos de capoeira, comunidade quilombola, de acolhimento a pessoas LGBTQIAPN+, entre outros”, completa.
Rumo à transição justa
A substituição de combustíveis fósseis por energia limpa é um caminho sem volta. Na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), o mundo concordou em triplicar a capacidade renovável e fazer uma transição para longe dos fósseis.
Atualmente, essa mudança na matriz precisa ser acompanhada de ações para mitigar os impactos dos projetos no meio ambiente e na vida das pessoas.
Para Sandro Ramos, os projetos da Atlas Renewable Energy mostram que é possível fazer uma transição energética justa, respeitando, principalmente, os mais vulneráveis.
“Observando a mudança climática, impacto à biodiversidade, e às pessoas. A nossa energia tem que impulsionar a transformação das pessoas. Energizar para transformar. Essa é a nossa ideia”, completa o engenheiro.
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Em parceria com a Castleberry Media, temos o compromisso de cuidar do nosso planeta, portanto, este conteúdo é responsável com o meio ambiente. Compensamos isso x3 através da compra de Certificados de Carbono para o plantio de árvores para prevenir o desmatamento e compensar as emissões de CO₂.